O óleo essencial de Hortelã-Pimenta do nome botânico, Mentha x piperita, e também muito conhecido pelo seu nome em inglês "Peppermint", é uma planta híbrida da Mentha aquatica com Mentha spicata. Foi descoberta em 1696 em Mitcham (Inglaterra).
Esse óleo essencial é muito conhecido para ser utilizado para:
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Alergias respiratórias - coriza, espirros em exceço, tosse excessiva.
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Infecções respiratórias - Rinites, otites, sinusites, rinofaringites, amidalites.
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Dores de cabeça - Enxaquecas, cefaleias e exaustão.
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Suporte ao sistema digestivo - lentidão, indogestão, disquesia, cólicas.
Parece ser um óleo essencial muito completo, né?
E por este fato, vejo muitas mamãe utilizando o mesmo como a primeira opção para os seus pequenos. Mas este tipo de recomendação tem que se parar, pois pode prejudicar em diversos fatores a sua criança.
Segundo o Ministério da Saúde Brasileira, os primeiros 6 anos de idade são as fases mais sensíveis da criança para o seu desenvolvimento.
"A primeira infância é o período que abrange os primeiros 6 (seis) anos completos ou 72 (setenta e dois) meses de vida da criança. São nos primeiros anos de vida que ocorrem o amadurecimento do cérebro, a aquisição dos movimentos, o desenvolvimento da capacidade de aprendizado, além da iniciação social e afetiva."
Só que este óleo essencial possui diversas restrições e contraindicações. Isso por que em sua composição possui grupos de compostos químicos perigosos para um organismo em desenvolvimento.
O álcool mentol é encontrado uma média de 40%-50% no óleo essencial de hortelã pimenta, e age como agonista do TRPM8. Gerando uma ação de "gelar" nos músculos e até mesmo em outras partes do corpo. Obviamente, isso pode ser uma ação positiva para uma dor ou uma coceira. Porém quando falamos de bebês e crianças, não é. Isso por que esta ação de "gelar" pode gerar espasmos da faringe, confundido os pequenos no momento de respirar. Como eles não possuem o controle de seu corpo, pode sufocar, asxifiar e entre outros. Sem contar que também o uso em excesso, pode baixar a temperatura corporal, podendo gerar uma hipotermia.
As cetonas são encontradas como mentona, isomentona, pulegona e pipetona com uma média de 30%-60% na composição do óleo essencial de hortelã pimenta. São reconhecidas como componentes tóxicos para os tecidos nervosos, podendo gerar neurotoxicidade. As três grandes ações que elas causam são:
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Passagem das moléculas na barreira hematoencefálica
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Destruturação da bainha de mielina
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Dinfuções gerais como nauseas, vomitos, tonturas, problemas na fala, confusão, convulsão e coma.
Ou seja, pode ocorer um atraso na formação da criança no seu desenvolvimento cognitivo e entre outros.
O óxido-terpenico 1.8cineol é encontrado com uma média de 5% na composição do óleo essencial de hortelã pimenta. Estimula ação expectorante de muco impregado nas vias respiratórias. Facilita a eliminação do mesmo pela tosse ou ingestão. Porém, pode causar criar quadros de convulsões nos interagentes, e quem possui histórico familiar de epilepsia deve ser alertado sobre.
Lembrando também que não importa o meio de administração utilizada esse óleo essencial ou a sinergia empregada, tudo que foi citado acima vai ser considerado também por números fatores como a dosagem utilizada, concentração, a natureza dos grupos, a via de administração, e do organismo do interagente.
Outros grupos como gestantes, lactantes ou pessoas com quadro ou histórico na família de epilepsia e convulsão, não deve-se usar.
Fontes Bibliográficas:
O Grande Manual da Aromaterapia de Dominique Baudoux.
Essential Oil Safety: A Guide for Health Care Professionals de Robert Tisserand e Rodney Young.
Química essencial para aromaterapia de Sue Clarke.
Por Catharina Vollmers - Engenheira e Aromaterapeuta
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